Carta 006 - "PALAVRA DE ELEITORA: SENHORES VEREADORES, VOCÊS AINDA VÃO ME RESPEITAR"

Esse é o terceiro fax que envio aos senhores vereadores. Até agora, apenas seis dos senhores deram retorno: Salim Curiati, Éder Jofre, Ana Maria Quadros, Maeli Vergniano , Eduardo Cardoso e uma carta do Dalton Silvano.

Sinto-me na obrigação de alertá-los de que não estou lhes escrevendo, porque não tenho o que fazer na vida. Tenho muito! Mas mesmo assim é preciso acompanhar o que os senhores estão fazendo. Esmorecer jamais! Quando escrevi no segundo fax: "quero também, receber relatórios mensalmente de cada vereador a respeito de seus trabalhos. Motivo: sou contribuinte e quero saber se de fato os vereadores estão fazendo jus aos seus salários." Ao fazer isso assumi responsabilidades, principalmente, porque não estou lhes escrevendo anonimamente, dessa forma, espero que os senhores "façam o dever de casa direito", mandando-me os relatórios.

Cobrança da semana: quero saber de forma clara e objetiva sobre a mudança do regimento interno da câmara. Motivo: ao acompanhar pela imprensa (editorial pg. A3- OESP - "além de corruptos, ditatoriais) e pela TV São Paulo, fiquei, mais uma vez, indignada com a atitude dos governistas, portanto, ao trabalho senhores!

Elisa Toneto de Carvalho
elisatoneto@hotmail.com


Carta 007 - E O IZAR NÃO FOI CASSADO!

Durma com um barulho desses: o vereador acusado de corrupção José Izar não foi cassado! Coisas do Brasil...um homem está há vinte dias na cadeia por haver roubado arroz e feijão por estar desempregado e esse vereador está à solta pelas ruas de nossa cidade gargalhando de nossa cara. É mole?

Elisa Toneto de Carvalho
elisatoneto@hotmail.com


Carta 008 - AINDA SOBRE JOSÉ IZAR...

Fiquei indignado ontem, quando do resultado da votação da cassação de mais um vereador de S.Paulo. O corrupto para se livrar da cassação, usou o microfone do plenário para dizer que tinha nas mãos, 32 vereadores, claro que isto influiu totalmente a votação, mesmo sendo secreta. Isto prova também que pelo menos 33 vereadores que votaram contra a cassação, são corruptos. . Quanto ao fato de me aborrecer com teus e-mails, negativo. Eles dão-me forças para suportar a indignação de que estou possuído. Abraços e o meu incentivo por abraçar tão nobre causa.

Álvaro Pinto
apinto@tropicalbr.com.br


 

Carta 009 - ATRASO DAS ELITES

Senhor Reitor (da Universidade Federal da Bahia)

Peço-lhe um pouco da sua atenção para o que passo a expor.

Somos um povo culturalmente atrasado, por mais que desejemos ser um povo culturalmente avançado. Se olharmos para o grosso da nossa população vamos constatar que vivemos séculos de atraso. São quase 500 anos de analfabetismo, de pobreza, de padecimentos múltiplos. Durante os tempos da ditadura era comum ouvirmos dos "absolutistas" que não devíamos apresentar problemas, mas soluções. Mas, como pode um cidadão que não sabe ler e escrever, que mal ouve, mal fala e mal vê, sugerir soluções para os seus problemas cotidianos ?

Ontem, presenciei um diálogo entre um pedreiro e seu filho. O pedreiro vive amasiado, como a maioria dos pobres. Sua renda é de pouco mais que um salário mínimo. Com muito sacrifício conseguiu ver seu filho, aos trancos e barrancos, chegar ao final do curso de segundo grau. O filho sempre acalentou o sonho de um dia vir a formar-se em medicina. Sonha ser doutor. Ele tem o direito de sonhar, não ? Ele sabe que seu curso foi deficiente. Que o aprovaram em matérias que sequer chegou a cursar por falta de professor. Foi aprovado pois o que interessa é a estatística !!! Mas, voltemos a discussão. O rapaz queria que o pai lhe desse dinheiro para inscrever-se no vestibular da UNEB. O pai dizia que não possuía os 47 reais para inscrevê-lo e que nunca roubou, nem furtou e não seria agora que iria ingressar no mundo do crime. Argumentou que na tal UNEB não tem curso de medicina. O rapaz mirou o pai com ódio e disse: - "você é um fodido mesmo ! Burro e fodido !"

Eu me meti na conversa, pedi ao rapaz que não procedesse de tal forma com o pai, afinal ele vivia castigado pela pobreza, era mais um condenado a viver sem usufruir os prazeres da vida. Mostrei que o pai dele era um escravo do tipo moderno. No passado lhe teriam dado a senzala, alguns farrapos e tripas para comer. Hoje não dão casa, nem comida, nem roupa lavada, nem luz, nem água, nem nada a não ser um minguado salário. O patrão extinguiu a senzala e ficou feliz em pagar um salário mínimo. Mostrei ao rapaz que com 136 reais era impossível o pai fazer qualquer sacrifício e que ele deveria buscar apoio de tios e tias e outros parentes, mas o rapaz era do interior. O pai já tinha feito o que não podia... Ele teria que contentar-se com a inscrição feita na UFBA. O rapaz saiu desolado.

Eu cheguei em casa e parei para pensar nessa "gente humilde". Nessa gente que não tem com quem contar na hora da precisão. Essa gente não pode adoecer. Não tem condições de comprar livros e de se esclarecer. Só lhe facultaram o direito de ver TV, de ouvir radinho de pilha. O que ele assiste na TV é um mundo irreal, o que ouve no rádio é a pregação do conformismo, da aceitação da pobreza e o que é pior, de aceitar a miséria. A mulher diz que eles estão pagando os pecados do mundo. Mas de que mundo ?!

As nossas elites são perversas e nós somos a elite, portanto somos perversos em aceitar que a situação na educação chegue a nível tal. O lugar de pobre é na periferia, nas invasões ? Não ! Se todos devemos ter direitos e oportunidades iguais, o vestibular não iguala ninguém. Ele acentua a grande desigualdade e a falência do Estado. É pressuposto básico que o Estado , seja através do governo federal , estadual e municipal, ofereça à população ensino de qualidade. Que tenha professores bons. Que esteja em pé de igualdade com os da escola privada. Mas isso não é verdadeiro. O aluno pobre, ou classe média, ao findar seu segundo grau, vai, quando pode, submeter-se ao sacrifício de "sangrar" as economias do lar para cursar o "pré-vestibular". Agiganta-se uma indústria fantástica em torno do vestibular. Implantam-se cursinhos nas favelas, nos subúrbios. Todo mundo corre em busca do lucro que o Estado falido oferece a essa gente que vive do modelo fracassado de escola pública, ou de ensino público.

Sim, as elites são egoístas em todos os sentidos ! Dizem para nós que não se pode criar universidades, nem ampliar o número de vagas nas já existentes porque ocorrerá "saturação" do mercado. Ora, tal saturação significa falta de desenvolvimento, significa estagnação. É indicativo de que o país, o estado e o município deixou de crescer. A economia parou e o desenvolvimento estancou. O que deve mudar é a política econômica. A razão da estagnação do mercado reside em muitos outros fatores complexos, mas pode ser resumida em uma pequenina palavra: USURA! O mercado da usura leva à falta de oferta de emprego. Como podemos aceitar que existam milhares de municípios sem médicos, sem professores e sem quase nada? Como explicar a falta de escolas e de hospitais e de implantação de uma medicina preventiva? Como aceitar teses disparatadas como as que os filhinhos de papai defendem?

É inaceitável que dirigentes aceitem a "exclusão" de milhares e milhares de brasileiros das escolas públicas e que não lutem por mais universidades, por mais vagas nas já existentes, pelas universidades regionais. Sei que tudo isso envolve uma luta que mexe na ordem econômica, mas nós temos que tocar o dedo na ferida. É preciso repensar a forma de acesso ao terceiro grau (quem tem nível superior é Deus. O conhecimento é infinito, pressupõe graus de conhecimento... Imagine chamar, ou intitular-se como tendo "nível superior" quando sequer se conhece 10% do que um cérebro pode produzir!!) . É importante romper com os velhos paradigmas educacionais e "romper" o elo de ligação que existe entre os "cursinhos de pré-vestibular" com as universidades. As universidades deveriam, através do seu corpo docente, dos conselhos universitários e demais órgãos, repudiar a existência dessa indústria que cerca os pobres, que suga o sangue e o suor do trabalho dos pais de família que sonham em ver seus filhos chegando ao terceiro grau.

É preciso mudar e a mudança começa a operar-se dentro de nós. Você pode mudar o mundo, sim! Você pode mudar a educação , sim ! Basta querer. Basta abraçar a causa. O fim do vestibular é uma maneira de se repensar as universidades e de mostrar que em um país pobre como o nosso, onde o analfabetismo vai completar 500 anos e o atraso viceja, é imperativo lutar contra o modelo excludente a que estamos sendo submetidos. Imperativas são as mudanças e o papel dos reitores não podem ser subestimados. Por isso escrevo esse longo e-mail, na esperança de que o mundo "civilizado" possa retirar o Brasil das trevas e conduzir o seu povo para o caminho das escolas públicas gratuitas e de qualidade. E que a universidade deixe de ser um sonho para os pobres, mas uma avenida respeitada, acreditada, onde todos sejam realmente iguais. Lá fora, a luta deve continuar em favor do progresso e do desenvolvimento e contra a estagnação.

As "elites" precisam entender que pobre também é gente e deve para de usar os poucos pobres que ingressam nas universidades para dizer "que todos possuem as mesmas condições" de acesso, o que é uma grande mentira ! Por mais Universidades públicas e gratuitas, por mais verbas para a educação - que é investimento - , por mais equipamentos, melhores remunerações, por um plano de carreira, cargos e salários, pela oportunidade de ascensão do corpo técnico administrativo nos cursos de terceiro grau, pela valorização do ensino público, pelo respeito que deve ser creditado ao corpo docente e por uma universidade que pense em um Brasil, realmente livre, soberano e independente!

PELA ERRADICAÇÃO DO ANALFABETISMO !

Luis Leal Filho

P.S - A BAHIA SÓ TEM UMA UNIVERSIDADE FEDERAL !!! VAMOS VENCER ESSE ATRASO NA EDUCAÇÃO ! NOSSA PRIMEIRA UNIVERSIDADE NASCEU EM 1808. NO FINAL DO SÉCULO XIX, SURGIRAM ALGUNS CURSOS. NA DÉCADA DE 1950 NASCEU A ÚNICA UNIVERSIDADE FEDERAL, A UFBA !


Carta 010 - VESTIBULAR, ISENÇÃO E ELITES EGOÍSTAS

Acho um avanço a isenção de taxas de inscrições para quem vai prestar o exame do vestibular.

Agora vamos ponderar um pouco. Educação é investimento, certo? Mas o Estado passa a idéia de que é gasto. É uma visão deformada. Qualquer país sério trata de buscar o melhor para o seu povo.

A educação não pode ficar para plano secundário. Aqui no Brasil, desde os tempos coloniais, sempre nos quiseram à margem do ensino, distantes do saber e do conhecimento. Hoje facultam-nos drogas, as mais variadas. Disseminam músicas que levam o povo à alienação total. Nesse aspecto a Bahia tem contribuído muito. Letras de péssimo gosto. Mas, como dizia, é um avanço isentar alunos dos exames. Contudo, torna-se fundamental e urgente reexaminar o ENEM. Os alunos, a UNE, UBES, UMES e outras entidades, com apoio da OAB, CNBB, do Legislativo e de associações de pais e alunos e toda sorte de organizações deveriam lutar para abolir de vez as taxas cobradas para tais exames, em definitivo. Isso na esfera pública.

Os alunos que vão se inscrever já deveriam ter a sua disposição, nas seccionais da OAB e nas Pastorais das Igrejas, mandados prontos para que os alunos ingressassem na justiça requerendo isenção de taxas, afinal é um direito de todos e um dever do Estado assegurar educação pública e gratuita ao seu povo.

Todo mundo quer estudar, mas são muitas as barreiras que se põem diante dos menos afortunados. Isso precisa acabar em definitivo. Essa luta é para conquistar uma vitória imediata. Posteriormente, deve-se lutar pela ampliação de vagas oferecidas nas universidades públicas, mantendo-se o nível e lutando-se para elevá-lo mais e mais. A questão da qualidade do ensino é uma questão que passa por toda a comunidade e deve ser uma luta permanente de toda a sociedade. Depois deve-se reivindicar a fundação de mais universidades públicas gratuitas de qualidade. Deve-se lutar para que o ensino de primeiro e segundo graus nas escolas públicas volte a ser acreditado.

Cabe ao Estado patrocinar um ensino de qualidade elevada, fazendo com que a escola pública volte a ser confiável à classe média. Aqui na Bahia o Anisio Teixeira criou a Escola Parque que serviu de modelo para o Darcy Ribeiro - pena que tenha partido do nosso convívio! - . O CIEPs do Brizola são uma alternativa, mas as elites o combatem ferrenhamente para não dar a mão à palmatória e reconhecer que o Brizola, no campo da educação representou um avanço. São lamentáveis essas picuinhas políticas que só prejudicam o que se faz de bom. O Darcy Ribeiro deveria ter sido Ministro da Educação. Ele ajudou a fundar a Universidade de Brasilia. Era um futurista. Só não acabou com o vestibular porque faleceu, pode ter certeza. O Darcy era avesso a toda sorte de atraso. Ele valorizava muito o conhecimento, a essência do ser, não a aparência. Para ele o melhor curriculum era o da competência revelada no dia a dia. Estava certo.

Bem, voltemos a acreditar a escola pública e não será mais necessário ficarmos a criar barreiras para os nossos jovens. Se as elites querem universidades para seus filhos e netos, tudo bem. Eles podem criá-las e sustentá-las. Quem não pode fazer isso é o filho do pobre padeiro, do pedreiro, do lustrador de sapatos, do capoteiro, do mecânico, do faxineiro, do servente, do funcionário público, da manicure, do feirante, do camelot, do vendedor de picolé, do barraqueiro, dos comerciários e de tantas outras pessoas do povo que trabalha, dá um duro tremendo e na hora de ver seu filho ingressando nas universidades tem que ser barrado porque não tem os míseros trocados de uma inscrição que lhe exigem como condição sine qua non para prestar um exame. Ora, a escola pública deveria ser o grande aferidor da capacidade do aluno que ela aprova, ano após ano. O pressuposto básico é de que o Estado proporcionou a todos, indistintamente a todos, um ensino de qualidade. O presuposto é o de que o Estado investiu na educação do seu povo.

Assim, ao adotar o vestibular o Estado, por incompetência, assinou um atestado de falência do ensino que ministra. Vestibular nunca selecionou os "melhores". Ser aprovado em um exame vestibular não afere competência , nem é sinônimo de inteligência. Isso é a maior balela. É uma mediocridade que passaram para nossa gente. É um sofisma. O vestibular em primeiro lugar descredencia de imediato a escola pública; conseqüentemente a União, estados e municípios. Depois desmoraliza os professores que ministraram aulas aos alunos da rede pública. É um atestado público de incompetência que qualquer Ministro da República vive a endossar, portanto. Isso tem que acabar. O professor da rede pública deve exigir que respeitem a escola dele. Deve exigir dos governantes maior atenção com as condições que cercam o ensino em suas escolas. Deve exigir escolas equipadas e aparelhadas. Eu vou até chegar ao ponto de dizer que o Estado deveria facilitar para os filhos de pobres a aquisição de computadores. Deveria mais: facilitar o acesso do estudante carente a Internet.

O campo educacional brasileiro precisa ser revisto. Nós não podemos ficar acomodados só porque tivemos a fortuna de ingressar em uma universidade e sair de lá formados. Cruzar os braços seria mostra-se indiferente à sorte alheia. Seria estar conivente com essa tapeação, com esse engodo, com essa empulhação que enfiam goela adentro dos menos favorecidos, que se aquietam porque falta quem grite por eles. O conformismo nunca foi bom. Há momentos em que a rebelião é o melhor remédio para que as elites enxerguem que não podem continuar no rumo errado.

O Brasil está no rumo errado. Está de frente ao despenhadeiro com o presidente - um visionário - pedindo urgência para avançar. Estamos vivendo o caos. Organizado, no país, só o carnaval e o futebol, diria o barão de Itararé. Confesso que o jornal que vc mencionou (Jornal da Tarde - W.I) já deu sinais de vitalidade da juventude que quer um lugar ao sol e que sabe que para sermos iguais, temos que ter oportunidades iguais. O que verificamos é que oferecem aos pobres o "castigo" e aos ricos "o prazer". A uns poucos pobres, um número insignificante que ingressa nas universidades, levam os governos a revelá-los como paradigmas do sucesso, do querer é poder.

A Fundação Roberto Marinho quis fazer isso com o VICENTINHO, dizendo que ele foi aluno do TELECURSO 2 grau e etc... Vicentinho quase embarca nessa onda. Ele é um esforçado, mas igual a ele existem milhões que vão ficar excluídos e esquecidos e jogados para um mercado de trabalho onde impera a exploração mais deslavada.

O Brasil tem um dos menores salários mínimos do mundo pobre e não tem sequer emprego para pagar uma "titica" de salário. Pode ? Claro que não ! Como aceitar essa situação calado, sem indignar-se ? Como ? Dizem que o sol nasceu para todos. Nós sabemos que é verdade. Mas as elites, e são as elites que nos governam, não se preocupam em resolver questões cruciais. Arrumam paliativos. O ENEM é uma vitória ? É, sim, reconheço. Mas é só o começo. Nós devemos exigir mais. Nas escolas os alunos devem rebelar-se e manifestar a inconformidade com o vestibular, que na verdade é um fomentador de fraudes as mais diversas, também, além de outros males. Cabe a UNE levantar a bandeira, questionar o ensino. Mostra a cara. Indignar-se. O que está faltando é um levante estudantil exigindo reformas que visem beneficiar a população pobre e marginalizada do processo educacional. Filho de pobre também tem o direito de ter um filho "doutor". Basta ! Chega !

A CNBB, a OAB, e todas as pessoas que queiram abraçar a causa da educação sem exclusão, deveriam criar em suas HPs, formulários p/ que neste momento, os estudantes pobres entrem com liminares e/ou mandado pedindo isenção e até devolução do dinheiro que pagou, pois compete ao Estado essa tarefa que ele quer repassar para as famílias de pais desempregados. Isso é um absurdo. Isso é uma agressão e é inadmissível que o Estado explore seu próprio povo, arrancando-lhe as pobres economias domésticas. É inaceitável ver o Estado mostrar-se com a feição de um gigolô. Chega, gente. Esse troço de pagar o que é um direito é absurdo. O vestibular em si já é um crime contra a educação.

Nós não nascemos para sermos limitados, mas para sermos livres e grandiosos. O Brasil tem um povo maravilhoso, mas que não tem oportunidade. Isso precisa acabar. Alguém tem que gritar e esse grito deve ecoar de norte a sul, de leste a oeste. As barreiras devem ser rompidas. Levantar a bandeira da educação pública e gratuita em todos os níveis é um dever de todos os brasileiros. Ao governo cabe cumprir o seu papel e respeitar os direitos fundamentais do seu povo. Vamos pensar livremente e vencer os limites. Vamos exigir que o governo enxergue a educação como um investimento, jamais como gasto. Por mais verbas para a educação - não importa o nível. Da alfabetização ao doutorado, tudo é importante. No dia em que o Brasil cuidar da educação do nosso povo, não seremos mais o "gigante adormecido". Vamos lutar para que a juventude enfrente as dificuldades de frente.

Chega da indústria dos pré-vestibulares. Hoje essa indústria está em capas de revista, em revistas especializadas, nos jornais, nos CURSINHOS ... Essa indústria é um dos maiores entraves hoje para a derrocada do vestibular. É necessário denunciar qualquer tentativa de aproximação desses "industriais" da miséria, fazendo-os ficarem distantes das universidades. Nada de administrador público trocar figurinha com professores e donos de cursinhos de pré vestibular. Chega !!! A Isenção conferida a 2 apenas, pelo princípio da isonomia, pela analogia, deve estender-se ao Brasil inteiro. Se é necessário uma petição inicial, que a OAB , A CNBB e quem queira lutar pela educação pública deve patrocinem os meios dessa gente brasileira mostrar que sabe lutar, basta que lhe mostrem os caminhos.

Luis Leal Filho

P.S. - Abra um espaço na sua HP para orientar o estudante carente a lutar pela isenção e reivindicá-la imediatamente. Chega de provões, testes e tudo o mais. O pior já está acontecendo: o governo foi reprovado !

(Obs.: Favor dirigir-se à seçao CAMPANHAS, onde procuro me empenhar para que este objetivo seja atingido - W.I.)


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